Ginecologia

Doenças da mama

Doenças da mama

A mama apresenta patologias não cancerosas (benignas) e cancerosas (malignas).

As doenças benignas compreendes as mastalgias (dor nas mamas), cistos, doença fibrocística da mama (mastopatia funcional – displasia mamária), fibroadenomas, infecções (mastites) e as secreçoes da mamas pelos mamilos (descarga papilar).

A mastalgia é a dor nas mamas e ocorre geralmente pela influência dos hormônios no período pré-menstrual, ovulatório e nas gestantes pelo crescimento das glândulas mamárias na preparação para a amamentação. O uso de analgésicos melhora o desconforto, em raros casos o uso de hormônios se faz necessário.

Os Cistos Mamários são tumores com conteúdo interno líquido, que geralmente são múltiplos, benignos, bilaterais, que provocam desconforto principalmente pré-menstrual e estão associados com a doença fibrocística da mama (mastopatia funcional - “displasia mamária”- mama densas).

O uso de analgésicos e a punção aspirativa guiada por ultrassonografia dos cistos de grande tamanho ( > 2 cm) melhoram o desconforto, porém eles estarão sempre presentes uma vez que é uma caraterística individual da mulher, ocorre diminuição ou desaparecimento após a menopausa pelo fim do efeito dos hormônios na mama. Muito comum serem encontrados no autoexame das mamas pelas mulheres por que são facilmente palpados, causam grande ansiedade, porém sem grande preocupação para o mastologista. A ultrassonografia e a mamografia ( após os 40 anos) são os exames anuais para o seu acompanhamento.

O Fibroadenoma é nódulo sólido da mama, benigno, ocorre em mulheres jovens e adolescentes, são múltiplos e bilaterais. Facilmente palpável no autoexame das mamas e se confunde com os cistos (a ultrassonografia diferencia o fibroadenoma que é sólido do cisto que é líquido). Não existe tratamento medicamentoso apenas cirúrgico (não obrigatório), que deve ser feito quando a tumoração está muito aumentada comprometendo a estética das mamas ou ocorrer crescimento acelerado e importante.

Secreção mamária (descarga papilar) é a saída de líquido pelo mamilo, geralmente benigna, de cor branca ou esverdeada. A secreção de leite pelas mamas (galactorreia) está relacionada ao uso de medicações (hormônios, pílulas anticoncepcionais, antieméticos, antidepressivos, anti-hipertensivos entre outras), elevação do hormônio produtor de leite a Prolactina, devido a alterações da glândula hipófise (tumores). Outras causas são a ectasia ductal (dilatacao dos ductos mamários) e papiloma intraductal, ambas situações benignas. As secreções transparentes ou sanguinolentas são as mais suspeitas. As características mais relacionadas ao câncer são ser em uma só mama, secreção espontânea e de um só ducto (um só ponto da mama no mamilo).

Mastite é a infecção da mama, mais comum após a gestação no período da amamentação. A mama apresenta inflamação, vermelhidão da pele, dor intensa, inchaço, grande sensibilidade e secreção purulenta em alguns casos. O tratamento é o uso de antiinflamatórios, antibióticos e quando apresenta abscesso drenagem cirúrgica. Em alguns casos o câncer de mama pode se apresentar como uma mastite, com coceira, inflamação, lesões da pele e do mamilo, que não melhora com os tratamentos medicamentosos, sendo necessária a biópsia para o seu diagnóstico.

O Câncer de mama é o tumor mais frequente na mulher.

Os fatores de risco são idade (mais de 40 anos), câncer de mama prévio, história familiar (parentesco de primeiro grau), não ter filhos ou ter após os 30 anos, portador a mutação dos genes BRCA 1 e BRCA 2 (50% de chances de desenvolver câncer de mama e 60% de câncer de ovário durante a vida), primeira menstruação precoce, menopausa tardia, terapia de reposição hormonal por mais de 2 anos, raça branca, aumento de peso na pós-menopausa, alta ingestão de gorduras e uso crônico de álcool.

Diagnóstico

O diagnóstico ocorre pela presença de nódulo, irregularidades das mamas e secreção da mama sanguinolenta. A mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética das mamas rastreiam as imagens nodulares suspeitas de malignidade para realizaçao de biopsia diagnóstica definitiva. A prevenção e o diagnóstico precoce devem ser feitos com mamografia e ultrassonografia (mamas densas, mais frequentes nas mulheres mais jovens). A investigação diagnóstica pode incluir análise citopatológica das secreções mamárias, PAAF (Punção Aspirativa com Agulha Fina), biópsias percutâneas (punção com agulha grossa com retirada de fragmentos –Mamotomia ou Core biópsia) ou biópsias cirúrgicas. O tratamento é realizado pela cirurgia, radioterapia, quimioterapia e hormônioterapia.

Cirurgia

A cirurgia da mama é preferencialmente feita com a retirada do setor comprometido da mama e estudo dos linfonodos axilares (Linfonodo sentinela). A ressecção da mama parcial ou completa, com extração dos linfonodos axilares é realizada nos casos de tumor avançado. A cirurgia de reconstrução da mama faz parte da rotina do tratamento cirúrgico. O acompanhamento multidisciplinar com mastologista, patologista, cirurgião plástico e oncologista é fundamental no tratamento do câncer de mama.

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