Ginecologia

Menopausa

Menopausa

Menopausa é a fase da mulher adulta em que ocorre fisiologicamente a parada do fluxo menstrual mensal. Conceitua-se como a última menstruação após a sua parada por 1 ano. Ocorre geralmente entre 45 e 55 anos e o período que a precede chama-se Climatério (transição pela deficiência de ovulação). Menopausa precoce é chamada quando ocorre antes deste período e pode ser cirúrgica quando se extraem os dois ovários da mulher. É mais precoce nas fumantes (em média 5 anos) e nas mulheres com mães com história de menopausa precoce (5%). Não há relação com a data do início da menstruação na adolescência (Menarca).

A menopausa é a falência ovariana na capacidade de ovular (ausência de óvulos) e produção de hormônios. A mulher nasce com todos os seus óvulos e a partir do início das menstruações mensais vão se perdendo gradualmente a cada mês, chegando ao seu final na menopausa.

Este desequilíbrio fisiológico da ovulação e a sua incapacidade de produção dos hormônios repercute na mulher como sintomas físico e comportamental: atraso menstrual, irregularidade menstrual, hemorragias com coágulos, cólicas menstruais, ausência de menstruação, ressecamento vaginal, dor nas relações sexuais (atrofia vaginal), infecções urinárias repetidas, infecções vaginais repetidas (principalmente fungos; candidíase), diminuição da oleosidade da pele e ressecamento da pele com perda de massa muscular, ganho de peso, diminuição da libido, calores diários (“fogachos”), labilidade emocional com momentos de depressão e ansiedade, dificuldade de concentração, insônia e alteração do ritmo do sono. A longo prazo a deficiência hormonal aumenta o risco de doenças cardiovasculares e provoca diminuição da massa óssea (osteoporose - risco de fraturas).

Todos estes sintomas podem variar de frequência e intensidade em cada mulher, sendo que fatores protetores para não ocorrerem e diminuírem a sua intensidade estão relacionados a frequente atividade física, com perda de peso, alimentação com dieta balanceada com vitaminas, carboidratos e proteínas, pela diminuição dos níveis de glicose, colesterol, triglicerídeos, além de não fumar, e evitar bebidas com álcool.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito pelas frequentes consultas médicas de acompanhamento nesta fase da vida da mulher observando a história clínica e suas queixas, as alterações no exame físico e são realizados exames complementares como: dosagens sanguíneas bioquímicas e hormonais, ultrassonografia transvaginal, mamografia, coleta do exame Papanicolau, densitometria óssea e avaliação cardiovascular.

Tratamento

O tratamento mais eficaz é a reposição hormonal, porém a sua necessidade, tipo, quantidade e frequência devem ser individualizadas, por que existe uma sintomatologia própria de cada mulher e também o risco (apesar de baixo) de desenvolver câncer da mama, câncer do endométrio e doenças tromboembólicas. A reposição hormonal será indicada sempre acompanhada das práticas dos fatores protetores referidos acima relacionados ao estilo de vida, alimentação e atividade física, assim como o controle da hipertensão arterial, diabetes, obesidade e disfunção tireoidiana.

Os hormônios Estrogênio e Progesterona são os mais utilizados, pela sua reposição oral, adesivos transdérmicos, cremes vaginais, implantes subcutâneos e DIU. Outras drogas podem estar associadas, tais como: lubrificantes vaginais, vitamina D, Cálcio, testosterona, antidepressivos, ansiolíticos, hormônio tireoidiano.

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